Um número cada vez maior de jovens entre 18 e 22 anos tem abandonado os planos de estudo para apenas trabalhar.
Entre os rapazes nessa faixa etária, mais da metade já se dedica exclusivamente ao trabalho – o percentual aumentou de 46,8% em 2001 para 51,1% em 2009. Já as garotas que só trabalham representavam 31% do total em 2009 ante 27,5% em 2001.
Os dados são da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) e foram levantados pelo economista Naercio Menezes Filho, do Insper, para o jornal Folha de S.Paulo.
Motivos
Segundo especialistas, o fato de que mais jovens têm conseguido terminar a escola com a idade de 17 anos ajuda a explicar essa tendência. A fatia de alunos “atrasados” cursando o ensino médio caiu de 52,2% do total em 1992 para 32,9% em 2009.
Além disso, o crescimento mais acelerado da economia brasileira nos últimos anos pode estar contribuindo para a decisão dos jovens de ir direto da escola para o mercado de trabalho, pulando – ainda que temporariamente – a etapa da faculdade.
Há casos, no entanto, de jovens que não estão no ensino superior por falta de dinheiro.
Preocupação
O distanciamento entre os jovens e a universidade preocupa especialistas. O problema é agravado pelo fato de que também tem aumentado o percentual de jovens de 18 e 22 anos que não está nem estudando nem trabalhando. A parcela de rapazes que estavam nessa condição em 2001 era de 14,29%; em 2009, esse percentual aumentou para 16,08%.
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